Deputados de Viseu do PSD questionaram a ministra da Justiça sobre as razões que levaram à decisão de instalar o novo polo do Centro de Estudos Judiciários no litoral do país, em detrimento do interior.
Recorde-se que Viseu disponibilizou-se para arranjar um edifício para acolher o organismo que forma juízes e procuradores do Ministério Público.
Sabendo-se que "havia três cidades em cima da mesa para a sua instalação, sendo Viseu, Aveiro e Coimbra, quais são as razões e critérios objetivos que presidiram à escolha de Vila do Conde para o novo polo", perguntaram os deputados.
No seu entender, "se o Governo tivesse tomado a decisão da instalação deste organismo no interior tal decisão configuraria um gesto do Estado Central no sentido da ambicionada descentralização".
Na quinta-feira, o presidente da Câmara de Viseu, considerou "mais um exemplo de centralismo" a decisão de instalar o polo do CEJ em Vila do Conde.
Para Fernando Ruas, foi “mais uma oportunidade perdida para investir no interior do país e mais um investimento que vai para o litoral”, apesar de Viseu ter sido um dos municípios que se disponibilizaram para o receber.
O autarca social-democrata disse não ter nada contra Vila do Conde, considerando "até normal que faça a sua pressão".