Na primeira audiência do julgamento, que decorre no Tribunal de Viseu, a advogada de João Lourenço apresentou um relatório clínico a atestar a doença de Alzheimer e pediu que o arguido fosse sujeito a uma perícia psiquiátrica para aferir da sua inimputabilidade e se, à data dos factos, já tinha esta doença degenerativa.
Quer a procuradora do Ministério Público, quer o juiz presidente, consideraram que, por um lado, do relatório não resulta a incapacidade de João Lourenço estar presente nesta segunda-feira e, por outro, o pedido de perícia neste momento era uma “manobra dilatória” do início do julgamento.
Por isso, João Lourenço terá de pagar uma multa por ter faltado hoje à audiência e o julgamento arrancou com os restantes oito arguidos, entre os quais o presidente do conselho de administração da empresa Embeiral, António Carlos Lemos, que admitiu ter recebido dinheiro por obras que não realizou.
O processo tem também como arguidos engenheiros civis e um arquiteto da Câmara de Santa Comba Dão e engenheiros civis da Embeiral.